quinta-feira, 14 de maio de 2009

Uma flôr, uma pequena flôr...

Ele viu-a assim que a mãe parou o carro junto da escolinha. De repente, aquele pequenino ser, que até há pouco estava entretido com o biberão, começou a gritar, completamente eufórico: "Lara, Lara, pera por mim!" - e tentava a todo o custo tirar o cinto e sair da cadeirinha.

No segundo a seguir, depois de sair do carro, corria pela rua e parecia que os seus pézinhos se tinham tornado asas. Por duas vezes caiu, estendendo-se completamente no chão ainda húmido da chuva mas no mesmo instante se levantou e continuou a corrida tentando alcançar a pequena Lara, que sorridente, esperava impaciente já junto à porta.

De repente, estancou e apontando para o jardim começou a gritar: "Mamã, queo flôr! Queo flôr pá Lara!" E decidido, tentava avançar pelo jardim. Claro que foi a mãe, ainda incrédula, quem avançou por entre as plantas e conseguiu apanhar uma pequenina flôr para o seu rebento.

Ele segurou-a com as suas duas mãozinhas e continuou a corrida até à pequena Lara. Junto dela, sorriu e disse "É pa ti." E então, com aquela ternura maravilhosa que só as crianças sabem ter, ela encostou os lábios dela aos dele e ficaram ali parados deixando todos boquiabertos de espanto.

Da boca das mães apenas se ouviu:

"Mas quem é que lhes ensina uma coisas destas?!"

Existem muitas histórias como esta. Acho que todas as mães têm historinhas como estas.

As personagens desta história são hoje:

O pequeno - Gonçalo
A mãe - Eu

3 comentários:

Unknown disse...

Pois é querida amiga eles crescem depressa.
Muito linda a história.
Gostei muito.
Realmente as crianças dão-nos as melhores lições de vivência.
Bom fim de semana.
Manuela

Mario Neves disse...

Minha cara amiga Elisabete! Que história linda e meiga esta. História que a vida e o nosso cotidiano conta com detalhes e encanto. Parabéns a você por registrar, por aprisionar pelas palavras um instantâneo como esse.Ganhei meu dia passando por aqui.Amiga quero desejar a você um fim de semana lindo, digno da história que postou aqui no seu "Inconfidências". Saudações Poéticas.

Anónimo disse...

Fiquei maravilhada com a historia do nosso gonçalinho,e é mesmo teu,teres a sensiblidade para registar estes mumentos. Beijinhos da -m-