sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Uma "bóba e outa Bóba"

Soltei uma gargalhada logo de manhã quando entrei no infantário do meu mais pequeno.
Pelo caminho ía a dizer-me com entusiasmo: "Mãe, temos uma "bóba" e outa bóba na sala. Uma piquena e outa gande, duas bóbas, sabes?" Fiquei confusa a olhar para ele. "Uma bóba, mas o que é uma bóba?" - perguntei-lhe. É que não estava mesmo a ver o que era! Lá tentou explicar-me o que era mas não fui capaz de perceber. Mal entramos, apontou para as paredes, e exclamou: Vês, uma bóba, e mais outa bóba. E foi a Isabel que fez!" Finalmente, percebi! Então não era que havia abóboras penduradas no tecto e outras pintadas nas paredes? Claro que só podiam ser abóboras! Afinal amanhã é dia de Halloween...
Mas, já agora, de onde vem esta tradição das abóboras?

Conta a lenda que um homem chamado Jack, um alcoólatra muito mal comportado num dia 31 de Outubro bebeu excessivamente e o diabo veio para levar a sua alma. Desesperado, Jack implora por mais um copo de bebida e o diabo concede. Jack estava sem dinheiro para o último trago e pede ao Diabo que se transforme numa moeda. O Diabo concorda. Mal vê a moeda sobre a mesa, Jack guarda-a na carteira, que tem um fecho em forma de cruz. Desesperado, o Diabo implora para sair e Jack propõe um trato: libertá-lo em troca de ficar na Terra por mais um ano. Sem opção, o Diabo concorda. Feliz com a oportunidade, Jack resolve mudar o seu modo de agir e começa a tratar bem a esposa e os filhos, vai à igreja e faz até caridade. Mas a mudança não dura muito tempo, não.

No ano seguinte, na noite de 31 de Outubro, Jack está de regresso a casa quando o Diabo aparece. Jack, esperto como sempre, convence o diabo a pegar uma maçã de uma árvore. O diabo aceita e quando sobe ao primeiro galho, Jack pega um canivete que tinha no bolso e desenha uma cruz no tronco. O diabo promete partir por mais dez anos. Sem aceitar a proposta, Jack ordena que o diabo nunca mais o aborreça. O diabo aceita e Jack liberta-o da árvore.

Para seu azar, um ano mais tarde, Jack morre. Tenta entrar no céu, mas a sua entrada é negada. Sem alternativa, vai para o inferno. O diabo, ainda desconfiado e sentindo-se humilhado, também não permite a sua entrada. Mas, com pena da alma perdida, o diabo joga uma brasa para que Jack possa iluminar o seu caminho pelo limbo. Jack põe a brasa dentro de um nabo para que dure mais tempo e sai perambulando.
A sua alma penada passa a ser conhecida como Jack O'Lantern (Jack da Lanterna). Quem presta atenção vê uma luzinha fraca na noite de 31 de outubro. É Jack, procurando um lugar.

As abóboras iluminadas tradicionais, nabos ocos com brasas ou velas dentro, tornaram-se uma decoração muito popular de Halloween na Irlanda e na Escócia há algumas centenas de anos. A tradição folclórica acreditava que eles evitariam Jack Miserável e outros espíritos no Halloween, e elas também serviriam como representações das almas dos mortos. As famílias que emigraram para a América levaram a tradição com eles, mas substituíram os nabos pelas abóboras, mais abundantes. Pelo que parece, as abóboras são mais fáceis de cortar do que os nabos. As pessoas começaram a cortar caras assustadoras e a elaborar desenhos nas suas abóboras iluminadas.

Ora aqui está a lenda das abóboras no dia do Halloween.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Porque é já amanhã...

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Graças a Deus! É impressão minha ou esta semana teve dias a mais?
Terá sido da chuva? Terá sido das horas perdidas no trânsito?
É que nunca mais chega o fim de semana!

domingo, 18 de outubro de 2009

Cocktail de emoções

Há dias em que nos sentimos tristes. Muitas vezes não sabemos bem porquê, outras, sabemos exactamente o que provocou aquela tristeza. Esta semana foi um verdadeiro concktail de emoções, primeiro raiva, depois revolta e por fim uma profunda tristeza. Não é muito habitual em mim, graças a Deus. Acho que é a primeira vez que descrevo que senti tal sentimentos. Mas senti, e de que maneira. E veio tudo por email, embrulhadinho no papel das novas tecnologias!

Primeiro foi aquela notícia das atrocidades da Dinamarca. Nem queria acreditar! Como é possível existir uma tradição destas? Em pleno século XXI, num país moderno, desenvolvido, que faz parte da Comunidade Europeia! Como é que o mundo vê isto e não faz nada?!



Fechei o email a chorar... Estava tão triste e tão revoltada e tão impotente!
Que raio de maneira de se mostrar que se entrou na vida adulta! Matanto golfinhos? Um dos seres mais lindos do mundo, que mais confia no Homem, tão tranquilo, tão doce, tão inocente...

Como será possível? E toda aquela multidão a apreciar serenamente tão horrenda barbárie!

Depois, no dia seguinte, outra notícia horrível sobre a pequena Nicole. Morta às mãos se um suposto médico espanhol em Portalegre.

Das destas coisas ninguém diz nada nas televisões. Nem uma palavra. Não haverá justiça neste mundo? Porque existe gente desta nos hospitais, o primeiro lugar onde deveríamos ser tratados com respeito, com dignidade, com amor!

Depois quase a acabar a semana, chega a notícia do infeliz vídeo da Maitê Proença! Que mais faltava, meu Deus? Há gente que tem que pagar muito nesta vida, não só pelo que faz mas pelo que diz também. Não há responsabilidade nos actos. Segue tudo impunemente...

E não podemos perguntar porque Deus deixa que estas coisas aconteçam!

Souberam da resposta da filha de Billy Graham numa entrevista feita por Jane Chayson no Early Show, um programa da televisão americana? Em resposta à pergunta “Como é que Deus teria permitido algo horroroso assim acontecer no dia 11 de setembro?” Anne Graham deu uma resposta profunda e sábia, da qual coloco aqui apenas um excerto:

“Eu creio que Deus ficou profundamente triste com o que aconteceu, tanto quanto nós.
Por muitos anos temos dito para Deus não interferir em nossas escolhas, sair do nosso governo e sair de nossas vidas.
Sendo um cavalheiro como Deus é, eu creio que Ele calmamente nos deixou. Como poderemos esperar que Deus nos dê a sua benção e a sua protecção se nós exigimos que Ele não se envolva mais connosco?

À vista de tantos acontecimentos recentes, ataque dos terroristas, tiroteio nas escolas, etc…
Eu creio que tudo começou desde que Madeline Murray O’hare (que foi assassinada), se queixou de que era impróprio se fazer oração nas escolas Americanas como se fazia tradicionalmente, e nós concordamos com a sua opinião.

Depois disso, alguém disse que seria melhor também não ler mais a Bíblia nas escolas…
A Bíblia que nos ensina que não devemos matar, roubar e devemos amar o nosso próximo como a nós mesmos. E nós concordamos com esse alguém.

Logo depois o Dr.Benjamin Spock disse que não deveríamos bater nos nossos filhos quando eles se comportassem mal, porque suas personalidades em formação ficariam distorcidas e poderíamos prejudicar sua auto estima (o filho dele se suicidou) e nós dissemos:
“Um perito neste assunto deve saber o que está a dizer”.
E então concordamos com ele.

Depois alguém disse que os professores e diretores das escolas não deveriam disciplinar nossos filhos quando se comportassem mal. Então foi decidido que nenhum professor poderia tocar nos alunos…(há diferença entre disciplinar e tocar).
Então foi dito que deveríamos dar aos nossos filhos tantos preservativos, quantos eles quisessem para que eles pudessem se divertir à vontade.
E nós dissemos: “Está bem!”

Então alguém sugeriu que imprimíssemos revistas com fotografias de mulheres nuas, e disséssemos que isto é uma coisa sadia e uma apreciação natural do corpo feminino.
Depois uma outra pessoa levou isso um passo mais adiante e publicou fotos de crianças nuas e foi mais além ainda, colocando-as à disposição da internet.
E nós dissemos:
“Está bem, isto é democracia, e eles tem o direito de ter liberdade de se expressar e fazer isso”.

Agora perguntamo-nos porque os nossos filhos não têm consciência e porque não sabem distinguir o bem e o mal, o certo e o errado; porque não lhes incomoda matar pessoas estranhas ou seus próprios colegas de classe ou a si próprios…

Provavelmente, se nós analisarmos seriamente, iremos facilmente compreender:
nós colhemos só aquilo que semeamos!!!

Uma menina escreveu um bilhetinho para Deus:
“Senhor, porque não salvaste aquela criança na escola?”
A resposta dele:
“Querida criança, não me deixam entrar nas escolas!!!”



Finalmente a semana acabou, e com tanto, tanto trabalho que tenho tido, à mistura com estas notícias, sentía-me exausta, física e emocionalmente. Ontem de tarde, acompanhei o meu filho à catequese, como faço sempre. Entrei pela porta principal da igreja que começava a encher com crianças e jovens que se preparavam para a missa. Senti, de repente, uma vontade de ficar aqui e assistir à missa, com o meu mais pequeno ao colo.

Bendita decisão! Foi o suficiente para encher de novo a minha alma de esperança e de fé.

Ver aquela igreja cheia de crianças, que de mãos dadas, rezaram o pai nosso em voz alta, foi uma benção para o meu coração!

Se ensinarmos as nossas crianças a rezar, talvez ainda haja esperança para esta Humanidade!

domingo, 11 de outubro de 2009

Ser criança é...

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Você criança,
que vive a correr,
é a promessa
que vai acontecer...
é a esperança
do que poderíamos ser...
é a inocência
que deveríamos ter...

Você criança, de qualquer idade,
vivendo entre o sonho e a realidade
espargem pelas ruas da cidade,
suas lições de amor e de simplicidade!


Criança que brinca,
corre, pula e grita
mostra ao mundo,
como se deve viver
cada momento, feliz,
como quem acredita
em um mundo melhor
que ainda vai haver!


Você é como uma raio de luz
a iluminar os nossos caminhos,
assemelhando-se ao Menino Jesus,
encanta-nos com todo teu carinho!


Você é a criança,
que um dia vai crescer!
É a promessa,
que vai se realizar!
É a esperança
da humanidade se entender!
É a realidade
que o adulto precisa ver...
e também aprender a ser...


Amanhã no Brasil comemora-se o Dia da Criança. Aproveitei também a data e fiz um post especial no "Jardim das Emoções", com um poema, um filme e links interessantes.

Passem por lá e registem o vosso comentário:

Ser criança é...

Para conhecer outras lindas mensagens sobre crianças, visitem o site das mensagens.

sábado, 10 de outubro de 2009

Filhos Brilhantes, Alunos Fascinantes

Estamos a ler um livro extraordinário de Augusto Cury. Digo estamos, pois estou eu e o meu filho mais velho. Eu vou já na segunda parte do livro, sobre os alunos fascinantes, enquanto o meu filho terminará em breve a primeira parte, sobre filhos brilhantes.

Depois do best-seller internacional "Pais Brilhantes, Professores Fascinantes", o Dr. Augusto Cury volta a reflectir sobre a educação como uma ferramenta de transformação da humanidade, desta feita através de uma cativante narrativa.

Quase todos os dias choro. Mas é uma emoção boa, não é tristeza. Em cada capítulo, aprendemos com as suas extraordinárias histórias. Cheias de ensinamentos. Profundos ensinamentos.

Estou tão envolvida com o livro que já procuro a restante obra deste conceituado psiquiatra, psicoterapeuta, cientista e escritor.

"Bons alunos aprendem a matemática numérica, alunos fascinantes vão além, aprendem a matemática da emoção, que não tem conta exata e que rompe a regra da lógica. Nessa matemática, você só aprende a multiplicar quando aprende a dividir, só consegue ganhar quando aprende a perder, só consegue receber, quando aprende a se doar."

"Os professores são tão ou mais importantes que os psiquiatras, os juízes e os generais. Os professores lavram os solos da inteligência dos jovens para que eles aprendam a ser pensadores, para que eles não adoeçam e sejam tratados pelos psiquiatras, para que eles não cometam crimes e sejam julgados pelos juízes, para que eles não façam guerras e sejam comandados por generais."

"A grandeza de um ser humano não está no quanto ele sabe, mas no quanto ele tem consciência que não sabe. O destino não é freqüentemente inevitável, mas uma questão de escolha. Quem faz escolha, escreve sua própria história, constrói seus próprios caminhos."

Augusto Cury, "Filhos Brilhantes, Alunos Fascinantes"
Link de download: http://www.megaupload.com/?d=QLEDF6MX

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Poema do Sonho

Este fim de semana, por mero acaso, descobri no fundo de uma gaveta um poema que escrevi em 1994 para fazer parte do livro do curso. O livro nunca chegou a ser feito e o poema foi completamente esquecido entre outros papéis. Antes que o papel desapareça de vez, vou registar aqui para preservar a emoção... e o sonho.

"Em pequena foi o sonho,
entre outros sonhos de criança,
E as horas que passava,
de estudo para os testes,
não mataram, mas vingaram,
esse sentir que é esperança!

Fui crescendo com o sonho,
agora mais sério, mais maduro,
Foi sonho, quando deixou de ser sonho,
Elevei-o a projecto, mais real e mais seguro!

Quando senti que o sonho,
era agora realidade...
quis cantar, quis dançar,
voar sobre a cidade...
e gritar com toda a força:
Sonho meu, que és verdade!"