terça-feira, 21 de agosto de 2007

Cem anos de solidão




Estou a ler desde Domindo "Cem anos de solidão". Não devia dizer a ninguém mas é a primeira vez que estou a ler Gabriel Garcia Márquez. Eu sei que é imperdoável para quem tem um verdadeiro fascínio por livros e já leu umas boas centenas deles, de quase todos os géneros, mas a verdade que nunca procurei os seus livros, tenho que admitir. Mas depois de ter lido uma crónica sobre "Cem anos de solidão" fiquei encantada e decidi: tinha que ler o livro. Afinal foi este o livro que consagrou este autor como um dos maiores escritores do nosso tempo e que o transformou em Prémio Nobel da Literatura em 1982, há, portanto, 25 anos! Este ano, Gabriel García Márquez faz 80 anos de vida e "Cem anos de solidão" 40 anos!

A fabulosa aventura da família Buendía-Iguarán com os seus milagres, fantasias, obsessões, tragédias, incestos, adultérios, rebeldias, descobertas e condenações, está a fascinar-me desde a primeira página. Afinal, a sua história não é mais que a representação ao mesmo tempo do mito e da história, da tragédia e do amor do mundo inteiro!!

Costuno ter na minha mesa de cabeceira, dois ou três livros que vou lendo, quase que ao mesmo tempo. Não, não confundo as histórias, nem tão pouco as personagens. Mas, há dias não me apetece ler um, porque a história está um pouco monótona, então, passo para outro, que está mais envolvente.

Mas, "Cem anos de solidão" fez-me fiel ao seu enredo, e as histórias da cidade de Macondo têm-me feito adormecer tarde todos as noites...

"... Descobri, ao acordar, que tinha maduro no coração o romance de amor que havia ansiado escrever há tantos anos."

Gabriel García Marquez nasceu em 1928 na pequena cidade de Aracataca, na Colômbia. Cresceu ao lado de seu avô materno, um coronel da guerra civil no princípio do século. Estudou num colégio jesuíta e posteriormente iniciou o curso de Direito, logo abandonado em virtude de seu trabalho como jornalista. Em 1954 foi para Roma, como correspondente do jornal onde escrevia, e desde então tem vivido em cidades como Paris, New York, Barcelona e México, num exílio mais ou menos compulsório. Apesar do seu talento como ficcionista e premiado escritor, continua a exercer a profissão de jornalista. No dia 21 de Outubro de 1982 foi agraciado com o Prêmio Nobel de Literatura, quinze anos depois de ter escrito "Cem Anos de Solidão", o seu maior sucesso, traduzido em 35 idiomas e com venda calculada em mais de 30 milhões de exemplares.

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