terça-feira, 10 de junho de 2008

Dia de Portugal


Acho que todos concordamos se eu disser que estamos a viver um período muito difícil em Portugal. Há 10 anos que se ouve falar de crise, de desemprego, etc. etc. A Saúde está mal, a Educação está mal, a Economia pior, etc, etc. Ligamos a televisão e as más notícias somam-se, umas atrás de outras. Revolta-nos os casos de corrupção, ficamos tristes quando somos apontados pelo mau exemplo de alguma coisa, quando vemos os ricos cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais probres. Enfim, não vale a pena continuar... Não sou de lamúrias, nunca fui e também nunca serei. Sou optimista por natureza, acredito sempre que amanhã será melhor. Mesmo quando as coisas estão más, acredito que há sempre uma solução. Procuro olhar para o lado positivo das coisas, ver o lado bom das situações e das pessoas também.

Muito da nossa situação se deve a esta nossa eterna mania de falarmos mal de tudo e de todos. Estamos sempre a criticar, a apontar o dedo. Procuramos as desgraças e só as desgraças, os casos tristes são notícia. Não reconhecemos os exemplos de sucesso, não elogiamos o que somos e o que fazemos de bom. É esta cultura de "bota abaixo" que me entristece. O pai que critica a má nota na escola e que se esquece de reconhecer o esforço do filho e a boa nota quando finalmente ela chega. O patrão que está sempre em cima para censurar mas nunca aparece quando o empregado arranja a solução para aquele problema que lhe andava a tirar o sono. O marido que só reclama porque o arroz tem pouco sal, e não vê quantas horas trabalha a mulher, que se levanta às seis da manhã e se deita já tarde, muito depois de ele se deitar. Enfim, somos profissionais a apontar o dedo a tudo e a todos, mas sempre pelo lado negativo! A nossa auto-estima é baixa, orgulho não temos. Aos espanhois chamamos de arrogantes e aos franceses de vaidosos, porque se dizem bons, em tudo o que fazem e por aquilo que são. Lembrando aquele anúncio do leite, se nós não gostarmos de nós, quem gostará?
Quando alguém nos elogia, ficamos logo desconfiados. Se alguém conseguiu um grande feito, teve sorte, se tem dinheiro é filho de pai rico ou casou "bem". Digam lá, não estou a exagerar, pois não? Os emails do tipo "Portugal no seu melhor" aparecem de todo o lado. Parece que toda a gente se diverte com a ignorância ou a estupidez dos outros. "Nós por cá" já faz parte do nosso quotidiano.
De uma coisa eu tenho a certeza, nunca seremos positivos se não pensarmos positivo. Nunca teremos saúde se pensarmos o tempo todo na doença que temos. Existe muita tristeza nas nossas palavras, muita nostalgia nos nossos pensamentos. Talvez não haja nada a fazer. Afinal, temos o fado e a "saudade". Que prova maior daquilo que acabei de dizer...
Por isso, neste dia de Portugal, escolhi postar um texto que descobri de Nicolau Santos, Director-Adjunto do Jornal Expresso:

"Eu conheço um país que tem uma das mais baixas taxas de mortalidade de recém-nascidos do mundo, melhor que a média da União Europeia. Eu conheço um país onde tem sede uma empresa que é líder mundial de tecnologia de transformadores. Mas onde outra é líder mundial na produção de feltros para chapéus. Eu conheço um país que tem uma empresa que inventa jogos para telemóveis e os vende para mais de meia centena de mercados. E que tem também outra empresa que concebeu um sistema através do qual você pode escolher, pelo seu telemóvel, a sala de cinema onde quer ir, o filme que quer ver e a cadeira onde se quer sentar.
Eu conheço um país que inventou um sistema biométrico de pagamentos nas bombas de gasolina e uma bilha de gás muito leve que já ganhou vários prémios internacionais. E que tem um dos melhores sistemas de Multibanco a nível mundial, onde se fazem operações que não é possível fazer na Alemanha, Inglaterra ou Estados Unidos. Que fez mesmo uma revolução no sistema financeiro e tem as melhores agências bancárias da Europa (três bancos nos cinco primeiros). Eu conheço um país que está avançadíssimo na investigação da produção de energia através das ondas do mar. E que tem uma empresa que analisa o ADN de plantas e animais e envia os resultados para os clientes de toda a Europa por via informática.
Eu conheço um país que tem um conjunto de empresas que desenvolveram sistemas de gestão inovadores de clientes e de stocks, dirigidos a pequenas e médias empresas. Eu conheço um país que conta com várias empresas a trabalhar para a NASA ou para outros clientes internacionais com o mesmo grau de exigência. Ou que desenvolveu um sistema muito cómodo de passar nas portagensdas auto-estradas. Ou que vai lançar um medicamento anti-epiléptico no mercado mundial. Ou que é líder mundial na produção de rolhas de cortiça. Ou que produz um vinho que “bateu" em duas provas vários dos melhores vinhos espanhóis. E que conta já com um núcleo de várias empresas a trabalhar para a Agência Espacial Europeia. Ou que inventou e desenvolveu o melhor sistema mundial de pagamentos de cartões pré-pagos para telemóveis. E que está a construir ou já construiu um conjunto de projectos hoteleiros de excelente qualidade um pouco por todo o mundo.
O leitor, possivelmente, não reconhece neste País aquele em que vive – Portugal. Mas é verdade. Tudo o que leu acima foi feito por empresas fundadas por portugueses, desenvolvidas por portugueses, dirigidas por portugueses, com sede em Portugal, que funcionam com técnicos e trabalhadores portugueses. Chamam-se, por ordem, Efacec, Fepsa, Ydreams, Mobycomp, GALP, SIBS, BPI, BCP, Totta, BES, CGD, Stab Vida, Altitude Software, Primavera Software, Critical Software, Out Systems, WeDo, Brisa, Bial, Grupo Amorim, Quinta do Monte d’Oiro, Activespace Technologies, Deimos Engenharia, Lusospace, Skysoft, Space Services. E, obviamente, Portugal Telecom Inovação. Mas também dos grupos Pestana, Vila Galé, Porto Bay, BES Turismo e Amorim Turismo. E depois há ainda grandes empresas multinacionais instaladas no País, mas dirigidas por portugueses, trabalhando com técnicos portugueses, que há anos e anos obtêm grande sucesso junto das casasmãe, como a Siemens Portugal, Bosch, Vulcano, Alcatel, BP Portugal, McDonalds (que desenvolveu em Portugal um sistema em tempo real que permite saber quantas refeições e de que tipo são vendidas em cada estabelecimento da cadeia norte-americana).
É este o País em que também vivemos. É este o País de sucesso que convive com o País estatisticamente sempre na cauda da Europa, sempre com péssimos índices na educação, e com problemas na saúde, no ambiente, etc. Mas nós só falamos do País que está mal. Daquele que não acompanhou o progresso. Do que se atrasou em relação à média europeia. Está na altura de olharmos para o que de muito bom temos feito. De nos orgulharmos disso. De mostrarmos ao mundo os nossos sucessos – e não invariavelmente o que não corre bem, acompanhado por uma fotografia de uma velhinha vestida de preto, puxando pela arreata um burro que, por sua vez, puxa uma carroça cheia de palha. E ao mostrarmos ao mundo os nossos sucessos, não só futebolísticos, colocamo-nos também na situação de levar muitos outros portugueses a tentarem replicar o que de bom se tem feito. Porque, na verdade, se os maus exemplos são imitados, porque não hão-de os bons serem também seguidos?"

6 comentários:

Anónimo disse...

Olá Elisabete!
Vim te oferecer o selo comemorativo do dia dos Namorados!
Está lá na sala de presentes!

bjos

Anónimo disse...

Olá novamnete
Convido a vc conhecer o meu outro blog, o Momento de Paz. ficarei feliz com sua visita!

Anónimo disse...

oi lindinha passei pra desejar uma linda semaninha e pedir seu votinho pra minha princesinha Inaiá no palacio real,nas tags do dia dos namorados.beijinhos mamae mara

Anónimo disse...

Olá querida,qostei muito do que escreveste, eu sei que tu és
positiva,graças a Deus,como disses-te pensamentos negativos atraem negatividade;beijinhos e boms sonhos da «m»

Anónimo disse...

Olá querida amiga boa noite.Vim avisar que tem selinho dos namorados no meu blog, é só pegar, está em posts.Pegue os dois se quiser.Bjos fique com Deus.

Anónimo disse...

Olá minha querida,que é feito da musiquinha do Inconfidencias? beijinhos da mãe