quinta-feira, 15 de maio de 2008

O nó do afecto

"A nossa família é a janela através da qual começamos a ver a vida".

"A verdadeira felicidade está na própria casa, entre as alegrias da família." (Tolstoi)


"O nó do afecto

Numa reunião de pais, numa escola da periferia, a directora salientava o apoio que os pais devem dar aos filhos. Pedia-lhes, também, que se fizessem presentes o máximo de tempo possível.
Ela entendia que, embora a maioria dos pais e mães daquela comunidade trabalhasse fora, deveriam achar um pouco de tempo para se dedicar a entender as crianças.

Mas a directora ficou muito surpreendida quando um pai se levantou a explicou, com o seu jeito humilde, que não tinha tempo de falar com o filho, nem de vê-lo durante a semana.
Quando ele saía para trabalhar, era muito cedo e o filho ainda estava a dormir. Quando voltava do serviço, era muito tarde e o garoto já não estava acordado.
Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para prover o sustento da família. Mas contou, também, que não ter tempo para o filho o deixava angustiado, e que tentava redimir-se indo beijá-lo todas as noites quando chegava a casa.
E, para que o filho soubesse da sua presença, dava um nó na ponta do lençol que o cobria.
Isso acontecia, religiosamente, todas as noites quando ia beijá-lo. Quando o filho acordava e via o nó, sabia, através dele, que o pai tinha estado ali e o havia beijado. O nó era o meio de comunicação entre eles.

A directora ficou emocionada com aquela história singela e emocionante. E ficou surpreendida quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola.

O facto faz-nos reflectir sobre as muitas maneiras de um pai ou uma mãe se fazerem presentes, de se comunicarem com o filho.
Aquele pai encontrou a sua: simples, mas eficiente. E o mais importante é que o filho percebia, através do nó afectivo, o que o pai lhe queria dizer.

Por vezes, importamo-nos tanto com a forma de dizer as coisas e esquecemos o principal, que é a comunicação através do sentimento. Simples gestos, como um beijo e um nó na ponta do lençol, valiam, para aquele filho, muito mais que presentes ou desculpas vazias.

É válido que nos preocupemos com nossos filhos, mas é importante que eles saibam, que eles sintam isso. Para que haja a comunicação, é preciso que os filhos "ouçam" a linguagem do nosso coração, pois em matéria de afecto, os sentimentos sempre falam mais alto que as palavras.
É por essa razão que um beijo, revestido do mais puro afecto, cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, o ciúme do bebé que roubou o colo, o medo do escuro. A criança pode não entender o significado de muitas palavras, mas sabe registar um gesto de amor. Mesmo que esse gesto seja apenas um nó. Um nó cheio de afecto e carinho. "

E você... já deu algum nó no lençol de seu filho, hoje?

Fonte: Portal da família - Extraído de um folheto da Escola Irmã Catarina

3 comentários:

Anónimo disse...

Olá Eslisabete, viemos te dizer que você é o novo destaque real do Palácio. Parabéns! Beijos Ju e Mary

Unknown disse...

Parabéns amiga pelo destaque já lá fui deixar um beijinho

Manuela

Anónimo disse...

Olá minha querida,o nó do afeto dá para pensar um pouco,quanto tempo leva a faser um nó.pouco não é verdade? beijinhos da mãe...